Irmandade dos Pinheiros
Tomarei meu chimarrão olhando o horizonte
E sentirei que bebo das veias da própria terra;
Da sua natureza e forma eterna
Que com meu ser é concordante.
Verei, companheiro, uma araucária
Esparramada em toda sua verticalidade,
Como um grito xucro de liberdade
Da base às suas verdes melenas eriçadas.
Subirei os montes que abraçam o vale
Para sentir o vento cortante,
Num inverno inebriante,
Onde a vista do rio adoça o mate.
Confortáveis com nossa procedência campeira,
De tantas ascendências, do nativo ao eslavo.
Juntos do forno a lenha, numa casa de madeira
Nutrimos a alma pela noite com causos e bons tragos.
Venha, ó inverno, ainda mais frio e mais austero
Para que atire à força o ser ao mundo interno,
E, num dia gelado, contemple na natureza que nos cerca;
Destes entes quase perenes, ouça seu sussurro e lhes peça
Permissão para ingresso na irmandade secreta
Do reino dos pinheiros.
.
Um fragmento do poema também foi publicado em Pilares Austrais pelo Dia da Araucária
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Love the color of this photo! Feels so cozy!
i'm glad you liked!
Muito bom, realmente senti o frio do sul no seu poema, como é bom ler na palavra dos outros algo que também sinto a respeito de minha terra :)
Acredito que saiba bem o que é sentir isso mesmo!
Belo poema meu amigo, olha que consigo sentir frio só de ver esta imagem. Só mesmo um forno a lenha, bons tragos e causos para esquentar. Um abraço
Obrigado! Que bom que gostou. Esses dias são os melhores em minha opinião!
Abraço!
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