Hoje aqui em um projeto do @brazilians, com a missão, de termos uma comunidade forte e de bons conteúdos, como vem acontecendo. E estimular cada vez mais o crescimento da nossa comunidade, alocando mais steem power para nossa comunidade e com isso redistribuindo melhor as recompensas pelos conteúdos produzidos.

Nessa organização, indicarei inicialmente 3 posts semanais sobre saúde, e com o tempo certamente com a produção desses conteúdos, a tendência é aumentar as indicações. que é um tema muito importante para todos nós, com isso estimulando posts sobre saúde, e enriquecendo nossa comunidade com um tema que vale muito mais do que as recompensas.

E para que continuemos crescendo, os rendimentos em SBD do post que farei essa curatela, será doado ao @brazilians, para que seu crescimento, continue nos proporcionando oportunidade de fazer quem sabe que nossa comunidade, siga o exemplo do @cervantes.

Esses posts selecionados serão votados pelo @brazilians e por mim, e resteemados também. Além de serem citados nesse post.

Ajudará se no post usar a tag saúde, além claro da tag pt, porém não é obrigatório, e qualquer post relacionado a saúde será elegível para ser curatelado.

Então post sobre saúde terá qual critério ?

Historicamente e o senso comum, saúde é considerado ausência de doença. Que é um termo muito simplista, e que nao consegue dar conta do termo complexo.

Com isso em debates epistemológicos, antropológicos e científicos. A tentativa de objetivar esse conceito, foi se construindo, em diferentes dimensões e perspectivas. Deixarei algumas citações para vermos a problemática desse conceito, e como o saber vai sendo construído, com reflexões e com união dos saberes.

“A saúde de um organismo consiste no desempenho da função natural de cada parte” (Boorse apud Almeida Filho & Jucá, 2002: 881)

”Ao defender que a classificação de estados humanos como saudáveis ou doentes deva ser realizada somente com base em dados objetivos – a serem extraídos dos fatos biológicos da natureza sem necessidade de juízos de valor – , Boorse exclui as dimensões econômica, social, cultural e psicológica da base teórica da saúde-doença, rejeitando também a experiência clínica como referência viável, reafirmando que somente a biologia e a patologia podem fornecer dados objetivos para sua definição.” (Almeida Filho & Jucá, 2002).

“não só não há qualquer meta fixa de perfeita saúde para se alcançar, mas também não há uma única direção para se avançar” (Boorse apud Almeida Filho & Andrade, 2003: 98)”

“em uma perspectiva rigorosamente clínica (...) a saúde não é o oposto lógico da doença e, por isso, não poderá de modo algum ser definida como ‘ausência de doença’. (...) os estados individuais de saúde não são excludentes vis à vis a ocorrência de doença” Almeida Filho e Andrade (2003: 101)

”As tentativas de definir objetivamente a saúde por meio de constantes funcionais e médias estatísticas produzem o apagamento do corpo subjetivo assinalado por Canguilhem. Dor, sofrimento, prazer – referências inevitáveis quando falamos de saúde – indicam a necessidade de falar na primeira pessoa ali onde o discurso médico insiste em falar na terceira pessoa” (Caponi, 1997)

“Em última análise, é possível afirmar que há uma parte do corpo humano vivo que é inacessível aos outros, que é, pura e exclusivamente, acessível a seu titular. Radicalizando essa perspectiva, o autor irá sustentar a tese de que a saúde não é um conceito científico, e sim um conceito vulgar e uma questão filosófica. Vulgar não no sentido de trivial, mas simplesmente comum, ao alcance de todos, isto é, capaz de ser enunciado por qualquer ser humano vivo” (Canguilhem, 2005)

“A biologia molecular toma o genoma e o proteoma como único tema válido de pesquisa, argumentando que todos os outros níveis de processos patológicos derivam desses sistemas básicos de reprodução molecular e bioquímica. A histopatologia e a imunopatologia reivindicam a centralidade do nível tissular ou intrasistêmico na causalidade da patologia (...) A fisiopatologia explicitamente instituída como a ciência de base da clínica prefere invocar modelos de mecanismos regulatórios ou desequilíbrios patológicos para explicar a causalidade das doenças (...)” (Almeida Filho & Andrade, 2003: 108)

Como visto é uma temática debatida até hoje, a linha tênue do complexo saúde doença, onde a objetividade dos dados, não consegue chegar a subjetividade do ser humano, e o conceito é muito mais amplo do que a ausência de doença nos traz.

Com isso em uma tentativa atual de reunir o conhecimento que temos disponível, autores de renome decidiram tomar o conceito de saúde em sua Integralidade, que é um dos pilares do SUS também. Tentando abordar as diferentes dimensões e componentes da avaliação da saúde.

Que se divide em:
Microestrutural – molecular ou celular;
Microsistêmica – metabolismo ou tecido;
Subindividual (órgão ou sistema) – processos fisiopatológicos;
Clínica individual – casos;
Epidemiológica – população sob risco;
Interfaces ambientais – ecossistemas;
Simbólica – semiológica e cultural.
(Almeida Filho & Andrade, 2003)

E mesmo assim a OMS - Organização Mundial da Saúde lança a definição:

“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades.”

Complicado a economia intelectual das próprias instituições que deveriam dar exemplo. E nessa problemática, que trouxe a vocês para entender que o conceito de saúde é muito amplo. Selecionarei qualquer post que seja relacionado a qualquer dimensão da saúde, sem priorizações, e respeitando o conteúdo, que é o principal objetivo.