Sociedade e exclusão social, uma visão antimarxista
Fonte da Imagem: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/22/politica/1482434757_533449.html
Exatamente por esse motivo que a visão socialista ganhou força no país desde a redemocratização, não sendo necessariamente um discurso propriamente das classes menos favorecidas, visto que as mesmas talvez pela própria escolaridade não possuam conhecimento acerca da dialética marxista.
Os movimentos socialista/comunista passaram por diferentes enredos no Brasil. A primeira tentativa de implantação ocorreu em 1917. Incitados pelo movimento anarcosindicalistas, São Paulo viveu uma das maiores greves da classe operária contra a “burguesia paulista”. Logo após a tomada do poder pelo partido Bolchevique na Rússia, os ânimos exaltados dos revolucionários brasileiros contra as condições de trabalho, viram com bons olhos investirem em tal revolução no Brasil, que claramente foi combatida pelas tropas federais. Já na era Vargas, além das condições de vida das classes urbanas e camponesas, o intuito da tomada do poder era fazer frente ao governo de Getúlio, sendo este o pretexto para a Intentona de 1935. Além dessas tentativas, claramente fracassadas, o país, antes da 64 viveu o desdobramento de políticas radicais do Jango que colocariam o país no iminente perigo de se tornar uma nação Socialista, tal qual queria a URSS.
Os que lutaram contra Regime militar, se dividiram em duas frentes, uma seguindo a guerrilha, ainda inspirados pelas táticas Leninistas, cuja realização fora bem-sucedida em Cuba, e a outra através da Revolução Cultural, numa tentativa de desconstrução dos valores conservadores ocidentais. Obviamente a que teve sucesso foi a visão gramsciana, que desde 64 lutou e conquistou a hegemonia do pensamento acadêmico, jornalístico, artístico e principalmente o senso comum do brasileiro, de forma bem sutil.
Os problemas outrora questionados pelos revolucionários nos períodos da velha república, já teriam se resolvido, como a própria questão trabalhista, que com ou sem a CLT, se desdobraria em melhores condições de trabalho devido a modernização dos meios de produção, da tecnologia e da capacidade empreendedora vivida pelas facilidades e modernidades da terceira e quarta revolução industriais.
O que ainda perfaz o pensamento de esquerda é a busca pelo fim da desigualdade social, como ocorre nas periferias e favelas. A marginalização da parcela mais pobre da sociedade se deu nas políticas de higienização do país empreendidas por Rodrigues Alves, empurrando-a para os morros. As demais cidades brasileiras, por falta de um planejamento urbano, permitiram que essa estrutura também ocorresse. Mas a questão é se esse “mal” teria uma solução, devido a muitos municípios hoje estarem quebrados? A resposta é sim. Porém sua solução vai de encontro ao pensamento de esquerda e desconstrói toda sua narrativa contra o liberalismo econômico.
Um Estado mínimo se preocupa com funções básicas como infraestrutura básica urbana e serviços de saúde, segurança, educação, justiça e defesa. O grande problema do Brasil é que, pelo inchaço da máquina pública com funções tipicamente do mercado em sua administração descentralizada e tendo na centralizada um grande número de funções com altos salários, o básico acaba sendo deixado para trás. Se o pacto federativo brasileiro concedesse pelo menos 90% dos recursos recolhidos através dos tributos aos municípios, unido a um planejamento urbano que visasse a regulamentação da utilização do solo e da logística urbana, além da remoção de moradias irregulares e da construção de habitação social, grande parte dos problemas enfrentados pelas cidades como falta de iluminação, água tratada, saneamento básico, pavimentação de ruas e calçadas além da própria criminalidade seriam resolvidos.
Através desta perspectiva, um garoto com seus 17 anos, crescido em um ambiente precário, com uma formação escolar precária e em um ambiente dominado pelo tráfico e pela insegurança, por mais que nenhum fator justifique a criminalidade, ele tem grandes propensões a entrar ou nas drogas ou no tráfico, seja pelos fatores estruturais ou pela desestimulação da fé cristã e doutrinação cultural, justificando o banditismo social promovida pelas táticas de decomposição da sociedade em favor do Lupemprolétariat.
Em outra perspectiva, se tudo quanto fora proposto acima se concretizasse, esse mesmo garoto, tendo uma moradia decente, que atenda todas as suas necessidades básicas, em um bairro que ofereça segurança e não esteja sujeito ao crime organizado além de uma educação, baseada em modelos internacionais bem-sucedidos, as chances de ele se tornar um criminoso seria infinitamente menor. Esse mesmo garoto que antes estaria envolvido naquilo que destrói nossa sociedade atualmente, hoje poderia estar buscando uma oportunidade em uma empresa ou até mesmo empreendendo.
Por isso, o processo que mudaria esse cenário deveria ser pautado por um Estado que descentralize seu poder, concedendo aos municípios recursos para a manutenção das necessidades básicas dos munícipes, além de um planejamento urbano pautado pelo bem-estar. As políticas de livre mercado, como uma menor carga tributária, desburocratização para abertura de empresas e leis trabalhistas mais flexíveis, beneficiariam de imediato exatamente as camadas mais baixas. Voltando ao garoto de 17 anos, prestes a terminar seu ensino médio, digamos que ele queira trabalhar em uma empresa. Antes, com apenas um ensino médio, que por sinal é defasado, não conseguiria se inserir no mercado nem em uma função mais básica de uma companhia, pois estaria sujeito a um salário mínimo e encargos trabalhistas que não compensariam para nenhum empregador contatá-lo. Com a possibilidade de ganhar R$ 300,00 reais, que obviamente não é muito, ele começaria pelo menos, e ao se desenvolver e absorver a cultura organizacional, poderia ascender posteriormente, se especializando, conforme suas condições e as da empresa. Em outra situação esse mesmo garoto tem alguma habilidade para fazer algo e queira empreender. Com as facilidades em se abrir uma pessoa jurídica e sem toda essa burocracia existente atualmente, ele poderia começar um negócio que futuramente, se desse certo, além de melhorar sua vida, a de sua família, agregar valor à economia da cidade, iria ter uma função social extremamente importante, a criação de emprego.
Veja como uma linha tênue de pensamento econômico e social separam um trabalhador de um criminoso. Por isso a narrativa da esquerda em pedir mais Estado, mais políticas que impeçam o capitalismo e se aproximem do socialismo, são, na verdade, um “tiro no peito” daqueles que eles mais dizem “defender”.
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Uma bela análise social e política.
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Bem político seu texto, sugiro que você ilustre mais seu texto com algumas referências para suas afirmações e algumas imagens para que não fique com tanto excesso de texto e quem for ler consiga se situar dentro das informações e ler por partes.
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Olá, boa noite, agradeço pela dica, sou iniciante, ainda tenho algumas dificuldades, mas toda crítica construtiva é muito bem vinda, muito obrigado!
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Abraços!
uou interessantissimo!! adorei...
Uma ferramenta do marxismo é dividir a população em "castas" bem definidas, pobres, classe média, ricos, burgueses etc, como se cada classe dessa pensasse e agisse como um só organismo, "todo burguês odeia pobre", essa é uma frase escrota, porque cada indivíduo é diferente por si só, independente da sua capacidade financeira, tem rico de direita, de esquerda, liberal, conservador, cristão, ateu, radical, moderado, cada um com a sua pecularidade, assim não é possível que todos dentro de uma classe econômica comportem-se como um só.
Excelente texto!
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