#Filosofando - Uma reflexão sobre os seres falantes, a língua e a linguagem

Para dar uma força!

O tereré virou um hábito da faculdade, um grande amigo trouxe de sua cultura do interior de São Paulo, lugar chamado Buritama. Tomávamos para dar uma força nas viradas de noite pré provas.

Essa semana nos posts e nas conversas com @casagrande, dialogamos um pouco sobre o valor da informação.

Parei para refletir um pouco, como pagamos por informação, pessoas se especializam em informações em áreas específicas, pois informação poupa tempo, e algo precioso para qualquer ser humano é tempo.

E informação é construída a partir de linguagens, torno a lembrar e vou voltar a repetir, até para me exercitar e armazenar melhor as informações, Saussure linguista e filósofo suíço nos ensinou algo muito importante.

Que as imagens são as mesmas para todo mundo, o que muda é a linguagem.

E da onde vem a linguagem?

De acordo com o que Saussure traz, adaptado para essa explicação, uma pessoa é um ser falante.

Um ser falante, engloba outros fatores como o afeto, o pensamento, a vontade, a genética, a inteligência, e outras estruturas psíquicas.

Entretanto, seguiremos na perspectiva do linguista Saussure, e algumas referências pessoais.

Um ser quando nasce, não nasce ser falante, é um potencial ser falante, ele precisa “entrar” na linguagem humana. E para isso ele precisa de outro ser falante, e da língua e mais importante de afeto. Por natureza somos seres sociais, a interação de duas pessoas se dá o nome de uma interação social.

Quando um ser falante interage com outro ser falante, eles irão formar a língua, algo que possibilita dois seres falantes interagirem. Como o português, inglês, espanhol, japonês, são exemplos de línguas.

Se tiver um brasileiro e um americano olhando a mesma árvore, eles irão ver a mesma imagem, porém essa imagem será reproduzida como forma de língua em vocalização e escrita diferente entre os dois. Para o brasileiro o essa imagem será representada em forma de língua como ÁRVORE, para o americano será TREE.

São signos linguísticos. São imagens gráficas e acústicas.

Em um funcionamento humano a imagem será sempre a mesma, o que muda é a língua.

Quando unimos a fala e a língua, na perspectiva do linguista, o resultado dessa interação será a linguagem.

Existem muitas formas de linguagens diferentes, a linguagem é multiforme e heteróclita, ou seja, existem diferentes domínios para ser compreendida, como físico, psíquico, fisiológico, entre outros domínios.

Vamos construir nossas próprias linguagens, interagir com outras linguagem, a linguagem não precisa ser verbal, o não verbal tem suas linguagens também.

E para um ser falante é impossível, por mais que não goste dessa palavra, compreender todas as formas de linguagens, linguagem que fomenta o conhecimento.

Uma pessoa inteligente, não é só a que tem raciocínio apurado, e sim a que compreende diferentes linguagens. E que ninguém apreende o real em sua totalidade, sempre construímos em nossa mente a partir da nossa realidade.

Por isso um trabalho colaborativo é interessante, diferentes formas de ver o mundo se complementam.

A ignorância busca a verdade. O conhecimento questiona a verdade.

Em uma civilização, pelo menos uma sociedade civilizada, ou mesmo uma comunidade, que representa indivíduos diferentes unidos pela língua, evoluímos dos povos primitivos a partir do diálogo, de entender perspectivas diferentes que por vezes se complementam, por vezes não, em todo caso os acordos encontram pontos comuns, para uma sociedade funcionar temos que ceder em alguns pontos, em outros não, é o que se faz nas negociações.

A meu ver, pensar diferente é muito bom, os grandes pensadores foram grandes pensadores por pensarem diferente.

Bem, nem todo mundo é civilizado, é só olhar os jornais, e por isso precisa de leis que contornam e satisfaçam um funcionamento social, muitos ainda pensam como os povos primitivos, outros agem como os povos primitivos. E só conseguimos identificar isso no caso, a caso. Por isso um sistema complexo de funcionamento social.

Os humanos são animais, cheios de paixões, é sempre bom lembrar disso, capazes de muitas coisas. E ainda em sua dimensão psíquica, vão ter acometimentos mórbidos, que por vezes fazem um individuo viver uma realidade a par do social, por sofrimento psíquico, sofrimento social. Primeiro é importante fazer essas diferenças, e no mais a meu ver, e isso não quer dizer que seja a verdade, não quer dizer que devemos ser tão primitivos quanto quem é.

Voltando, as linguagens formam Informação, informação é tempo, e tempo é vida.

Acabei até me estendendo. Amanhã é dia de participar do #fazendohistoria, promovido pelo @leodelara, com meu post no tema de livros, ainda estou na dúvida de qual trazer.

Enquanto isso, feliz por ter chegado hoje: