O caminho do Despertar
Depois de alguns dias sem publicar nenhum artigo, regresso mais leve, pronta para um novo recomeço.
Pois é...
Estes foram dias de recolhimento, foram dias de aceitação, dias de perdão. Estes foram dias em que me senti como se o casulo se tivesse criado para que pudesse eclodir e assim eu me libertar como a borboleta.
Na verdade eu não conseguia escrever nada.
Depois que escolhi entregar-me à Vida por inteiro, não sabia muito bem o que iria viver, sabia apenas que estava a aprender a seguir o caminho da minha essência, aprender a ouvir o coração, a intuição, a alinhar-me com a minha ALMA.
Sabia da importância de abolir o hábito do julgamento (em relação a mim e em relação aos outros), Entendi que era indispensável responsabilizar-me a 100% por tudo o que vivia ou sentia. Aprendi o valor do Amor-Próprio.
E ao longo do percurso vamos passado por várias fases.
Quando escolhemos o caminho da essência, fazêmo-lo porque percebemos que não estamos a ser verdadeiros connosco, que não nos encaixamos na vida que estamos a viver (sobrevivendo). Fazêmo-lo porque queremos colocar um BASTA no sofrimento.
E é sempre um caminho recheado, intenso. Mergulhamos num estudo profundo sobre Quem Somos, ou melhor, o Que Somos. Permitimo-nos mergulhar nas nossas dores, acolhemos a nossas sombras, fazêmo-lo com medo, mas fazemos.
Há dias de êxtase e dias de alívio, porque conseguimos compreender crenças que nos limitavam.
Mas também há dias de profunda tristeza, em que nos sentimos perdidos, porque parece que não aprendemos nada. E não é verdade. Esses dias difíceis que surgem no caminho do despertar, são aqueles em que vêm à tona as feridas que há muito querem ser ouvidas.
E não acontece uma vez no caminho, porque trazemos muitas feridas para curar, e a cura é feita aos poucos, para que sejamos capazes de compreender o que estamos a viver interiormente.
O que fazer quando as dores que regressam nos fazem cair no hábito de julgar, de culpar o outro e de nos vitimizarmos? O que fazer quando nos vemos nesse buraco, que já conhecemos, mas que esquecemos, e a dor é sentida como se estivéssemos a viver a mesma situação do passado? O que te dá vontade de fazer quando a dor vem?
Eu sempre fui de choro fácil! E nos últimos tempos isso foi algo que aconteceu muito. E ainda bem que me permiti fazê-lo. Chorar foi a forma de libertar dores que me apertavam o peito, que me encolhiam o estômago, dores que me faziam querer ficar num "colo" que me protegesse do que sentia. Chorei muito, libertei muito peso que trazia comigo. Muito desse peso nem me pertencia!
Não só chorei, como também me senti zangada comigo. E essa reação, que é fruto da nossa mente, foi também uma forma de tornar esses momentos mais difíceis e angustiantes.
Pois é, um passo essencial a dar no despertar é o sermos capazes de nos perdoarmos, de sermos compassivos connosco mesmos. E isso aprendemos com cada desafio que nos é apresentado. E quando ultrapassamos um desafio, abrimos portas para o seguinte. Enchemo-nos de coragem, caminhamos mais livres, sentimos que a nossa Luz cresceu mais um pouco.
E o novo desafio vem... e parece maior do que o anterior, mais difícil de superar. Depois lá ouvimos o nosso coração dizer:
"Não te preocupes, porque tu já percebeste o que precisas fazer. Permite-te, sente, chora, acolhe essa dor que trazes e entrega-te ao momento. Aceita esse momento que estás a viver. É a oportunidade de libertares mais esse peso. Tudo passa... Perdoa-te, Ama-te, Abraça-te! E sente todos os seres que te rodeiam e estão prontos para te ajudar! Não estás sozinha."
E aí sentimos um novo alívio. Mais um passo que demos, mais uma porta que abrimos. Novas asas podem abrir-se para os novos desafios.
A Entrega à Vida vai sendo cada vez mais efetiva.
Vamos quebrando cada uma das barreiras que nos habituamos a alimentar ao longo do nosso percurso.
Vamo-nos libertando de memórias de medo, rejeição, raiva, tristeza...
Vamos integrando as aprendizagens que fazemos, a pouco e pouco.
Vamos abrindo espaço no nosso interior para permitir que o Amor flua em abundância através de nós.
Sei que a aprendizagem continua pela vida fora. E a VIDA coloca-nos sempre perante os desafios que precisamos para dar o próximo passo para o nosso crescimento interior, para nossa conexão com o coração, com o TODO.
GRATIDÃO a VIDA
Zenna Alma
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